O Monitor do Novo Debate Econômico (MNDE) é um agregador  de informações públicas sobre as novas maneiras de pensar a economia expressas no debate econômico da grande imprensa e em outros fóruns da esfera pública.

Interseccionalidade

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É um conceito que exprime a combinação de aspectos das identidades sociais e políticas de um grupo social ou pessoa de modo a produzir discriminação ou privilégio. O termo foi primeiramente proposto no final da década de 1980 pela advogada, ativista e professora de direito Kimberlé Williams Crenshaw, uma das mais importantes expoentes do movimento conhecido como Teoria Crítica da Raça. Baseada nas experiências das mulheres negras estadunidenses, Crenshaw chamou atenção para o fato de tais mulheres viverem em encruzilhadas, isto é, em espaços sociais nos quais desigualdades e opressões de classe, de gênero e de raça se acumulam. A autora afirma que essas desigualdades e opressões moldam o funcionamento de instituições em prejuízo das mulheres negras, com sérias consequências nas esferas da economia e da política. Pensadoras da interseccionalidade desenvolveram suas análises para se opor principalmente a teóricas feministas que analisavam questões sociais quase que exclusivamente a partir das experiências de mulheres brancas de classe média; aos teóricos antirracistas que desprezavam as vantagens sociais que homens negros desfrutam frente a mulheres negras; aos teóricos que ressaltavam em suas análises unicamente as desigualdades geradas pela condição de classe das pessoas. Com a popularização do conceito, ele foi expandido para incorporar questões étnicas, de nacionalidade, de sexualidade etc, e vem passando por constantes revisões desde que foi popularizado.

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