Igualdade de oportunidades

É expressão traduzida do inglês e que passou a ser mais intensamente usada nos Estados Unidos no contexto do Movimento por Direitos Civis, que alcançou seu ápice na década de 1960, naquele país. A partir de um modelo de interação entre agentes em competição por bens sociais, como educação, emprego e bons salários, os defensores desse princípio argumentam que se não houver um nivelamento do ponto de partida, o resultado final da competição reproduzirá as desigualdades deste mesmo ponto de partida. Do ponto de vista normativo, isso constitui injustiça e uma violação do princípio do mérito, segundo o qual uma pessoa deve ser recompensada por seus esforços e não por privilégios herdados de seu meio social. Em outras palavras, o resultado da competição por esses bens em sociedades eivadas por profundas desigualdades de raça, gênero e classe será fortemente enviesada em prol dos grupos já privilegiados se medidas concretas de promoção da igualdade de oportunidades não forem tomadas. Entre as medidas de promoção da igualdade de oportunidades figura as políticas de ação afirmativa. Ao reservar vagas ou conferir bônus para candidatos de grupos beneficiados, essas iniciativas buscam mitigar o efeito das desigualdades sobre a competição para a aquisição dos bens sociais acima citados.