O Monitor do Novo Debate Econômico (MNDE) é um agregador  de informações públicas sobre as novas maneiras de pensar a economia expressas no debate econômico da grande imprensa e em outros fóruns da esfera pública.

Reconhecimento

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O termo reconhecimento, no que toca sua pertinência a esse vocabulário, é de origem acadêmica. Ele foi primeiramente articulado pelo filósofo alemão Hegel, particularmente no livro A Fenomenologia do Espírito, e depois retomado por autores contemporâneos como Charles Taylor e Axel Honneth, no debate teórico sobre multiculturalismo e política. A teoria parte da constatação antropológica de que os seres humanos constituem sua própria identidade e, consequentemente, seu respeito próprio e mútuo de forma relacional. A partir daí esses autores interpretam a história política, moral e institucional do Ocidente como movida por lutas entre grupos pela aquisição do reconhecimento. A emancipação das mulheres, o fim da escravidão, o respeito aos direitos LGBT, e tantos outros movimentos podem ser lidos dessa maneira. O reconhecimento tem um aspecto social, calcado nas percepções que os agentes trocam em suas interações, e político-institucional, expresso na criação de leis, programas e políticas públicas voltadas a prover reconhecimento aos grupos demandantes. A política de ação afirmativa racial pode ser pensada como uma política de reconhecimento na chave da justiça social, mas não na da diversidade, como muitos parecem crer.

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